22/07/2007

Na imensidão deste mar

Chegaram as férias. Finalmente chegou o momento por que tanto esperei. A partir de agora, a par da muita incerteza e insegurança que se avizinha, tenho a vida toda para poder fazer o que gosto. Ontem fui ver o mar. Adoro o mar! Nem sabes como me sinto bem ali... olho à minha frente e vejo aquela imensidão que parece não ter fim. Vou-te contar segredo: sempre que ali estou, penso em ti. È que tal como o mar, também tu me transmites uma espécie de feitiço que não sei bem explicar, e tal como ele, és misterioso, por vezes traiçoeiro, revolto... Mas ainda assim, intenso, forte, poderoso... Como eu gostava que estivesses ali comigo, a ver o mar, o pôr do sol, sentindo a areia fina por entre os dedos, sentindo a maresia molhando a pele. Tão bom se pudesse ter-te ali, e sentir o teu aconchego naquele final de tarde. Olho para o infinito. Vejo o pôr do sol, e sinto cá dentro um vazio, que não consigo evitar. Não, não é dor. A dor, aos poucos, transformou-se em saudade. Saudade de ti, de tudo o que vem de ti. Nostalgia... de nós. Vazio... Um vazio intenso que me acompanha em vez de ti. Porque estás sempre comigo, mas, tão longe de mim. Não penses que não sofro. Se já não choro, é só porque me habituei à tua ausência, à tua indiferença, a esta saudade que mais parece um tormento. Continuas a ser o meu rei, o meu sonho mais bonito. E não consigo pensar em ti sem esboçar um sorriso, olhar o infinito, desligar-me do mundo, e sonhar... sonhar muito, ...contigo. E quando por descuido me cai um lágrima, é só porque sei que se abrir os olhos, não estarás ali, e à minha frente terei apenas o infinito, o vazio, a imensidão deste mar, a incerteza, o pesadelo! Ao menos posso sempre vir aqui, para poder sentir o calor do teu abraço, o teu aconchego. Anda, vá! Aconchega-me! Abre os teus braços e deixa-me ficar aqui. Não digas nada. deixa-me só sentir este momento e desejar que ele não tenha fim... como este mar.

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