29/02/2008

Aprendendo a viver, vivendo cada dia.

"Com o tempo você aprende
a subtil diferença entre segurar uma mão e acorrentar uma alma;
aprende que amar não significa apoiar-se, e companhia não quer dizer segurança.
Você começa a aprender
que beijos não são contratos, e presentes não são promessas;
e começa a aceitar as suas derrotas, com a cabeça erguida olhando em frente
com a graça de mulher, não a tristeza de uma criança.
Você aprende a construir todas as estradas hoje
porque o terreno de amanhã é demasiado incerto para planos,
e futuros têm o hábito de cair no meio do vôo.
Com o tempo você aprende que até mesmo a luz do sol queima
se você a tiver demais;
Então, você planta o seu próprio jardim e enfeita a própria alma,
em de esperar que alguém lhe traga flores.
Com o tempo voçê aprende que realmente pode resistir,
que você é realmente forte, que realmente tem valor.
E até com cada adeus,
você aprende!! "
Charles Chaplin

20/02/2008

Esquecimento

Esse de quem eu era e era meu,
Que foi um sonho e foi realidade,
Que me vestiu a alma de saudade,
Para sempre de mim desapareceu.

Tudo em redor então escureceu,
E foi longínqua toda a claridade!
Ceguei... tateio sombras... que ansiedade!
Apalpo cinzas porque tudo ardeu!

Descem em mim poentes de Novembro...
A sombra dos meus olhos, a escurecer...
Veste de roxo e negro os crisântemos...

E desse que era eu meu já me não lembro...
Ah! a doce agonia de esquecer
A lembrar doidamente o que esquecemos...!

Florbela Espanca - Charneca em Flor
In "Sonetos"

18/02/2008

Only Time

Only Time By Enya retirado de http://www.youtube.com/

Só o tempo me poderá dizer...

11/02/2008

Não Vás!

Vê Amor, quanto me acalma a tua presença! Repara como brilham os meus olhos! Sente como está sereno o meu coração! Deixa-me abraçar-te, quero sentir-te! Como é bom o teu aconchego! Quanta paz sinto dentro de mim! Tudo se transforma quando estás comigo. Vem, não tenhas medo! Esquece-te do que não sentes, e fica mais um pouco. Fica comigo, não vás!Doi-me tanto ver-te partir...

04/02/2008

Mascarando Emoções

De quantas máscaras me sirvo para camuflar as minhas emoções? Sou valente, destemida, a heroina, a sonhadora... Visto-me de ilusões e sou capaz de enfrentar o mundo. Empunho a minha espada e combato os meus fantasmas, enfrento os meus medos. Sou soldado numa batalha que eu própria construí. Desenho no meu rosto um sorriso, coloco um brilhozinho no olhar saio à rua, saracoteando-me. Sou vivaça, sou feliz! Há música de fundo, o baile vai começar. Calço os sapatinhos, visto o vestido de seda... sou a Cinderela! E prossigo bailando, sonhando, dançando com príncipe encantado. Danço alegre pelo salão, sorrindo... Quantas Cinderelas existem dentro de mim, quantas!! E és tu o príncipe. Vieste enfim! Á minha volta não vejo mais nada. Somos apenas dois. A hora avança. Já é tarde. O baile terminou! Quem sou eu agora?? Onde está a minha máscara afinal? Já não sou a princesa, a heroína, a destemida... Caiu a noite. Quem sou eu, sozinha comigo própria? Sou o que sinto e não se vê através de mim. O que resta das minhas fantasias? Sou aquela que não sou. E quando acaba o Carnaval, onde fica a minha máscara? Não há princesa, não há príncipe, nem música nem ilusões. Não há batalhas, nem heróis, nem alegria ou satisfação. Não há sorrisos... e o brilho do meu olhar é apenas o brotar duma lágrima que salta do meu coração vazio. Porque sempre que terminam as fantasias, o salão fica deserto, os convidados retiram-se, eu visto o velho fato, e a vida continua...