28/07/2008

Técnicas de marketing

Gostei do texto da Danni "Omissões estratégicas e meias verdades - reflexão" (http://www.incoerencias.blogs.sapo.pt).
Mais do que um texto, é tal como ela diz uma boa reflexão acerca da forma como acabamos por nos envolver nas mentiras, meias verdades e omissões que nos vão impingindo com vista a atingir um objectivo que quase sempre desconhecemos.
A mentira e sempre estratégica. Tem sempre o objectivo de contornar uma verdade, de esconder, de delinear um cenário que nos agrada, omitindo partes menos agradáveis de uma história de vida, dizendo apenas o que é mais agradável de se ouvir.
Todos nós acabamos em muitas situações, por omitir factos, por contar apenas o que nos convém, até mesmo por inventar um situação... Acabamos por mostrar apenas o que é mais agradável de se ver, e escondemos o que sabemos que não é muito aceite por quem nos ouve.
A mentira acaba assim por ser uma estratégia não muito inteligente para cativar, para conquistar e na maior parte das vezes, para enganar alguém. Digo que nao é inteligente, porque , quando descobrimos a verdade ( e essa acaba sempre por se revelar), acabamos por verificar que estamos perante pessoas que não conhecemos, situações que não aconteceram, palavras que não foram ditas, promessas que nunca irão ser cumpridas, sonhos que nunca irão ser vividos, projectos que acabam por se desfazer...
Assim como as mentiras, as meias verdades podem igualmente levar-nos a descobrir a outra metade da história, a mais cruel e mais dolorosa. Aquela que preferíamos nunca ter sabido, (e aí percebemos porque nunca nos contaram antes).
Tudo isto é como vender um produto maravilhoso com defeito por um bom preço. Quem o compra acaba por gostar do produto, consumi-lo, habituar-se a ele e a partir de certa altura já não consegue passar sem ele. Depois o produto vai-se desgastando, perdendo o brilho e a eficácia. O defeito vai aparecendo, e o produto já não é o mesmo. Sentimo-nos enganados porque alterámos a nossa vida em função de algo que não existe, que nunca foi nem nunca será aquilo que julgámos que fosse. Dependendo do defeito, acabamos, ou não por aceitá-lo e ficar com ele mesmo assim, sem reclamações, devoluções ou prazo de garantia. Mas nunca esquecemos que fomos enganados.
As mentiras e omissões são por isso estratégias de venda de um produto não muito recomendável, mas ainda assim passível de ser consumido.
Afinal de contas, todos temos em nós uma parte que merece ser apresentada como o melhor produto, e uma outra que deve ser omitida para não estragar a venda.
Pior, é quando a mentira deixa de ser um estratégia e passa a ser um hábito diário, cada vez melhor engendrado, de forma a fazer bater tudo certo, ou, pelo menos, para tentar que tudo bata certo.
Melhor será passarmos a ser consumidores inteligentes capazes de reconhecer falsos vendedores e produtos contrafeitos para não cairmos no conto do vigário.
por vezes sou habilmente manipulada por meias verdades e omissões estrategicamente engendradas com vista a atingir um fim que desconheço completamente. Confesso que ás vezes consigo reconhecer que há algo que não bate certo, mas ainda me é ainda muitas vezes difícil desmascarar o(s)vendedor(es). Estou cercada de habilidosos técnicos de marketing. Já não sei quem são os bons e quem são os maus. Sou uma consumidora passiva que não consegue ainda perceber o alcance da venda. Sou uma consumidora que vai estrategicamente acreditando nas características de um produto que me querem vender. Sou ainda daquelas consumidoras que não conseguem dizer Não a um produto que desconhece e que (aparentemente) preenche as minhas necessidades. Sinto-me tentada a adquiri-lo e a experimentá-lo. Tenho a certeza que ainda com alguns defeitos, serei capaz de me habituar a ele e gostar dele como se fosse perfeito, mas tenho ainda muito medo de ser "enganada" pelo vendedor....

18/07/2008

To my Charming Prince

Richard Marx Right Here Watting Retirado do site www.youtube.com Desde Sempre, até te encontrar...

17/07/2008

O príncipe encantado (ainda) existe.

Eram 23.15h quando, numa 6ª feira, após uma intenssíssima semana de trabalho (para mim) e uma merecida semana de férias (para eles), eu e uns amigos resolvemos partilhar uma deliciosa Pizza no 3º Piso dum Shopping muito in, algures… No decorrer da conversa e, em clima de completa descontracção um deles pergunta-me entusiasmado: - Já foste ler a sina? - Onde? - Perguntei curiosa – Por acaso até tenho alguma curiosidade em saber o que estes arabescos que tenho gravados na palma da mão me reservam para o futuro. - E gostavas mesmo de saber o futuro? – Perguntou ele indignado. – E se não gostares do que está escrito? O que é que mais te preocupa saber? Se tivesses que escolher um tema, qual escolherias? Não hesitei em responder: - O AMOR! - Dasssssss… E ela a dar-lhe com o Amor!! Ainda acreditas no príncipe encantado? O meu silêncio e um sorriso tímido revelaram-lhe a resposta. Descemos para o piso inferior, onde num discreto cantinho se encontravam duas tendas improvisadas, onde se podia ler numa delas:
Tarôt dos Anjos Numerologia Leitura das mãos
Após um longo debate, decidimos por unanimidade (e por ser o mais baratuxo) optar pelo tarôt, e colocámo-nos, os quatro em fila indiana, aguardando pela nossa vez. Estando ainda um pouco céptica em relação a esta ciência, esperei que alguém me confirmasse que o que taróloga dizia batia certo cm a realidade, e finalmente, entrei. Era uma tenda pequenina, muito simples, onde sobre uma pequena mesa, estava um enorme baralho de cartas. Pensei de imediato, como pode o nosso destino estar resumido a um amontoado de cartas, à partida sem significado, mas, ainda assim, fiquei. Fui de imediato apanhada de surpresa pela pergunta da cartomante: - O que é que a menina deseja saber? Existe alguma situação na sua vida que queira esclarecer? Confesso que por uns segundos fiquei boquiaberta… naquele instante tive a certeza de que tudo na minha vida estava resolvido, e nada havia para esclarecer, e senti-me bem com isso. Ao perceber o meu silencio, a simpática senhora, como se adivinhasse os meus pensamentos, inquiriu novamente: Quer saber sobre o Amor, sobre o trabalho, saúde…? - Bem… era mais sobre o amor…esclareci timidamente. - Hmmmmm. Entendi. E tem alguém em especial que queira referir? - Neste momento não tenho. Queria saber se vou encontrar esse alguém, que há tanto tempo procuro. - Então minha filha, diga-me o seu nome e data de nascimento, e em seguida parta as cartas ao meio com a mão esquerda. Assim fiz. - Agora dê-me 7 cartas ao acaso. E fui retirando uma a uma, sem pensar, enquanto a habilidosa senhora as dispunha sobre a mesa em forma de círculo. Depois começou o seu discurso quase sem olhar para elas: - Vejo aqui…que vai aparecer alguém na sua vida… - Vai?? Perguntei entusiasmada. Olhei para as cartas. Não vi nada decifrável… - Sim… e vai ser muito feliz. Vai conseguir ter uma relação estável e assumida por volta dos 35 anos, altura em que encontrará uma paz interior e uma felicidade extrema. Bem, se no inicio do relato o meu sorriso se abriu, então com o decorrer da conversa, desvaneceu-se. - Aos 35??? – Perguntei – Mas ainda falta tanto!! – Inclinei-me sobre a mesa, olhei para as cartas e com os olhos fixados nelas, deixei escapar a pergunta que desde o inicio me pairava no pensamento: - E diz aí quem é? Nessa altura a senhora voltou a juntar as cartas lentamente e respondeu: - Você saberá quando o encontrar! Ora C’ um catano!! Relatei o sucedido aos amigos que me aguardavam ansiosamente, não conseguindo disfarçar um pouco de desânimo. - Pensa Positivo - dizia-me um ironicamente – pode ser que ela se tenha enganado nas contas. E afinal, parece que o príncipe encantado existe mesmo. Quer é aproveitar a vida e depois então vem ter contigo… - Vai gozando... Olha, pelo sim pelo não vou levar uma destas pedrinhas. Diz aqui que atrai a felicidade e estimula a energia sexual - E vais acumular essa energia durante 5 anos? - riu.
- Energias alternativas... Contas à parte, o certo é que tenho andado a pensar que destino teria eu se tivesse tirado a carta do lado. Chegaria ele mais depressa? Traria na mão o seu punhal e salvar-me-ia como um herói? Ou simplesmente desapareceria numa noite de nevoeiro tal D. Sebastião, sem que nunca mais o pudesse esperar? Talvez o destino seja mesmo uma questão de sorte. De sabermos tirar a carta certa, de a sabermos ler e interpretar. Talvez o destino não seja mais do que aquilo que nós fazemos dele. Talvez se resuma apenas ao facto de sabermos aproveitar as oportunidades que nos são dadas, talvez seja traçado conforme nós conseguimos gerir as nossas emoções. Talvez o destino não seja mais do que o saber interpretar um simples olhar, um gesto de carinho e atenção. Talvez o nosso destino seja construído através da forma como expomos os nossos sentimentos, ou da forma como lutamos pelos nossos sonhos. talvez aquilo a que chamamos destino seja apenas um emaranhado de cartas com indicações que devemos saber decifrar.Talvez o destino seja isso mesmo: Um acumular de sentimentos e emoções que ficam por revelar com medo de que não seja esse o nossos destino. Talvez o nosso destino seja aquilo que mantemos em segredo, no nosso cantinho secreto. E por falar em secreto… Tenho um segredo para te contar, mas não conto!
Por enquanto é segredo!!

11/07/2008

Amanhecer

A vida tem destas voltas estranhas que te confundem nas suas manhas Faz-te tantas vezes perder o norte e a razão e crava as garras no teu coração Não pede desculpa não pára pra ver confunde os teus sonhos até te perder Faz-te tantas vezes sentir o dono do mundo e de repente deixa-te só Mas depois para te consolar dá-te o céu e as estrelas o calor e o mar Faz-te sonhar e faz-te morrer mas deixa-te sempre mais uma vez sarar as feridas e amanhecer A vida tem destas voltas estranhas onde te prende e te emaranhas Faz-te tantas vezes rodar como um pião e crava as garras no teu coração Mas depois pra te consolar dá-te o céu e as estrelas o calor e o mar Faz-te sonhar e faz-te morrer mas deixa-te sempre mais uma vez sarar as feridas e amanhecer Lamber lágrimas, sarar as feridas e amanhecer.
Susana félix (pulsação) Letra:Mafalda Veiga
Lambi as lágrimas, sarei as feridas .
Estou a amanhecer!!

04/07/2008

Descalça

Sinto que perdi o sapatinho ao descer a escadaria, com receio de não chegar a tempo. Desde então aguardo ansiosamente por alguém que bata à minha porta o traga de novo. Mas a espera é angustiante e dolorosa, e o príncipe teima em não chegar. Vou prosseguindo descalça, esta longa caminhada, sentindo nos pés os golpes que as pedras me desferem. Há alturas em que parece que o vejo ao longe, no meio de um nevoeiro cerrado, avançando na minha direcção, mas logo se afasta... Continuarei caminhando. Hei-de encontrá-lo.

01/07/2008

Enfim... A vida.

A vida é uma caixinha de surpresas. A forma como a vivo e como a penso, surpreende-me ainda mais! Sempre me ensinaram que tenho que lutar, para atingir os meus objectivos, que devo acreditar que os vou conseguir alcançar, ensinaram-me a ter Fé e a confiar num Deus que me parece às vezes tão distante. Ensinaram-me que tiramos das nossas maiores lutas, as melhores recompensas, que nunca devemos deixar de sonhar, porque enquanto sonhamos temos força e Fé para o conseguir... E foi isso que fiz: Sonhei, acreditei, mantive a minha fé lutei o quanto pude, confiei, e esperei... Continuo a esperar... mas essa recompensa parece-me cada vez mais distante. E ainda assim... continuo a sonhar, a querer e a acreditar, já nem sei bem em quê... Sinto-me como se tivesse entrado oceano adentro, remando energicamnte, com vista a alcançar o fim, e durante a viagem perdesse o rumo. Mas continuo remando lentamente, por vezes em dias tempestuosos, pedida no meio do mar, sem trilho definido... Sinto que às vezes me deixo levar pela corrente, porque ainda acredito que ela me leve para lugar seguro, e é por acreditar que me deixo arrastar, olhando apenas o infinito. Outras vezes recuso-me a aceitar que a força do mar me leve, e vou remando contra a maré. Mas é tão difícil fazer esta viagem sem ter um porto de abrigo... E acreditem (ou não), esta viagem parece-me ainda tãaaaaaaaaaaao longa! Desta vez não me refiro ao príncipe encantado. Esse (acredito) deve estar do outro lado da margem, ansioso por me encontar.
Pelo menos espero que esteja, porque (prometo)... eu hei-de lá chegar!!