11/02/2009

Ecos

Há apenas um caminho á minha frente: sombrio, árido, gélido, vazio. Oiço ecos à minha volta. Gestos que falam, palavras que doem. Não consigo deixar a luz e tranquilidade que a tua presença trouxe à minha vida. Fecho os olhos e recordo doces momentos de ternura, carinho e paixão que me permitiste viver. Sei que tenho que partir, mas quero tanto ficar. Sei que ninguém me espera do outro lado do mar. És tu quem me mantêm segura neste barco desgovernado sob um mar tempestuoso. Não era suposto podermos ancorar o nosso barco no coração de quem amamos? É isto o Amor: ausência, dor, e perdas constantes? Ou amar é ter a coragem de sair antes de sermos magoados? E tu, onde estarás quando eu voltar a esta margem e não te encontrar? E eu, terei coragem para te deixar sozinho, olhando um infinito que quero descobrir contigo? Só o tempo o dirá. Ou talvez não...

2 comentários:

Anónimo disse...

A que tipo de ausência te referes? fisica ou emocional? Seja ela qual for, espero que nesta margem continues a ser esperada... Jinhos grandes

Cinderella disse...

Não há distância geográfica, que por mais longa que seja consiga ultrapassar a distañcia emocional.
Essa (a emocional)é um caminho quese sempre sem volta. È longo, atribulado, duro de aguentar, e no qual sabemos que do outro lado ninguém nos espera...
A distãncia (geográfica) é algo ultrapassável, mensurável e perfeitamente negociável.
A outra, a que dói, é aquela onde já não há palavras que façam reconsiderar, onde já nada se quantifica, pois já nada existe.
É quase sempre o que resta, mesmo quando a outra continua.
é aquela que permanece, mesmo quando a outra não existe.